Hoje encaramos a chuva, e vencemos.
Hoje sentimos "cheiro do Brasil" na comida (mais especificamente a casa da vovó).
Hoje praticamos o desapego.
Hoje tomamos sorvete de "fruti-fruti"
Hoje fizemos malas.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
O Ben 10 e eu
Produção e foto: meu filho |
Meu filho sempre preferiu ouvir uma história a jogar bola, brincar de carrinhos a subir em árvores, vídeo game a... qualquer outra coisa.
Mesmo pequenino, já era mais intectual do que as outras crianças.
A primeira professora logo comentou que a fala dele era muito boa, inclusive o português sempre corrreto. Era concentrado nas brincadeiras, inteligente mesmo.
Até que esses dias voltamos ao tal médico Waldorf. E sempre há uma coisa nova a aprender.
Logo ele também percebeu a característica, nem precisou de muito. Meu filho começou a contar de-ta-lha-da-men-te os poderes de um tal alienígena do Ben 10.
E então o médico fez uma cara assim, digamos, diferente, quando disse que meu filho era bastante intelectual.
Meu marido abriu um sorrisinho de orgulho.
Eu, sabia que um médico Waldorf não devia ter gostado nada de ouvir coisas do Ben 10, um desenho violento e desaconselhável para qualquer idade, principalmente para uma criança de apenas 3 anos (mesmo sendo na semana de completaria 4).
Então eu perguntei: isso é bom ou ruim?
- É ruim, claro.
(tipo, oi??)
Ele explicou que nesta idade, criança tem que brincar, correr, subir em árvore. Que era por isso que ele não estava comendo direito, porque não gastava energia, que a tv alimenta também.
E de repente, era tudo tão óbvio, senti aquela culpa enorme.
É natural que toda mãe tenha alguma culpa, sempre. Mas a gente vai aprendendo a lidar com ela, e ao invés de culpa vamos transformando em aprendizado. Eu vou me perdoando para não carregar o peso de tudo, afinal, criar uma criança sem escola, em um apartamento, numa cidade que não tenho família e pouquíssimos amigos, no frio, tendo que trabalhar, cuidar da casa, cozinhar e tudo mais que somos nós mulheres? Mesmo me dedicando, não é nada fácil.
Mas sempre (ou quase sempre) há tempo para reverter. Nesse caso, estou muito confiante que é possível.
Foi muito bom ouvir isso, porque o "relacionamento" com o Ben 10 já era preocupante para mim há algum tempo. Já estava uma coisa meio viciada, doentio. Só sabia falar nisso. Vivia num mundo paralelo, vivia a "realidade" da tv, enxergava com os olhos dela, então eu já sabia que o caminho não estava nada bom.
Pedia o brinquedo do Ben 10, o ovo de Páscoa do Ben 10, e queria ir ao supermercado toda hora só para olhar os brinquedos do Ben 10. Eu que não sou de ferro, quase sempre comprava para vê-lo todo feliz. E a coleção só crescia.
Ele acordava e já ligava o Cartoon, assistia o desenho em inglês sem entender nada! (acho que no fundo, esse ponto eu gostava).
Tomei a atitude.
Voltei da consulta e não liguei mais a TV. Nem uma vezinha, só pra ver como ia ser. E já faz 3 dias!
E o mais surpreendente: ele não pediu.
Simplesmente não fez a menor diferença, mesmo sendo algo que já estava incorporado na rotina.
Eu achava que iria ser "o" sofrimento, e foi o contrário. Ele ficou mais calmo, ouve mais música, faz menos birra, incrível.
E aí, o que eu achava que era 90% responsabilidade minha (os outros 10% era meu filho que gostava mesmo da tv) se transformou em 100%. "Filho, tô ocupada, liga aí a tv". A coisa estava tão avançada que quando eu ia pro computador ele já sabia que podia pedir o Ipad.
Não sei, a gente acha que a tv substitui a gente. Quanta ingenuidade.
Estamos todos mais felizes, com certeza o dia-a-dia dele tem mais qualidade.
O segundo passo é parar de incentivar essa palhaçada dessas armadilhas comerciais (sim, publicitários também são gente e caem nas mesmas armadilhas que todo mundo), deixar a culpa pra lá e ser feliz! Ah, e ouvir mais a minha mãe, que seeeeempre me falou que a tv (mal utilizada) é atraso de vida.
domingo, 15 de abril de 2012
O prazo está acabando!
Se quer ganhar, tem que participar!
E tem que correr! A Trapos e Monstros está recebendo desenhos de crianças até dia 20 de abril, e anunciará o desenho que vai ganhar o boneco dia 23.
Lembrando que vale para o Brasil e países da UE.
E tem que correr! A Trapos e Monstros está recebendo desenhos de crianças até dia 20 de abril, e anunciará o desenho que vai ganhar o boneco dia 23.
Lembrando que vale para o Brasil e países da UE.
sábado, 14 de abril de 2012
Aniversário (simples) em casa
Chegou o aniversário do meu filho, e eu queria que fosse um dia especial.
Um verdadeiro desafio, já que não haveria avós, tios, primos, crianças, buffet, animadora, piscina de bolinha, 50 presentes, nada disso.
Eu disse a ele que haveria uma festa. Um casal de amigos com uma filha da idade do meu filho viriam, pessoas fantásticas. Então estava resolvido, haveria uma festa.
Eu não poderia exagerar na comida, nem na decoração. Tudo muito simples. Mas tinha que ter cara de festa.
Para que o dia fosse memorável, tentei usar o tema que ele mais gosta, Ben 10. De forma muuuito cuidadosa é claro, porque pra mim essas festas temáticas de personagens passam muito perto de ficar um horror. Então minha intenção era só remeter ao tema. Recortei algumas cartolinas, tags, bandeirolas e pronto. A comida também fiz tudo aqui em casa mesmo, nada muito complexo. Fazer brigadeiros com uma criança faz a gente ser criança de novo...
E ficou assim!
E o dia foi fantástico, pessoas bacanas, comidinhas gostosas (e saudáveis!) e tenho certeza que foi especial e inesquecível para meu filho.
Um verdadeiro desafio, já que não haveria avós, tios, primos, crianças, buffet, animadora, piscina de bolinha, 50 presentes, nada disso.
Eu disse a ele que haveria uma festa. Um casal de amigos com uma filha da idade do meu filho viriam, pessoas fantásticas. Então estava resolvido, haveria uma festa.
Eu não poderia exagerar na comida, nem na decoração. Tudo muito simples. Mas tinha que ter cara de festa.
Para que o dia fosse memorável, tentei usar o tema que ele mais gosta, Ben 10. De forma muuuito cuidadosa é claro, porque pra mim essas festas temáticas de personagens passam muito perto de ficar um horror. Então minha intenção era só remeter ao tema. Recortei algumas cartolinas, tags, bandeirolas e pronto. A comida também fiz tudo aqui em casa mesmo, nada muito complexo. Fazer brigadeiros com uma criança faz a gente ser criança de novo...
E ficou assim!
E o dia foi fantástico, pessoas bacanas, comidinhas gostosas (e saudáveis!) e tenho certeza que foi especial e inesquecível para meu filho.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Hipocrisia rotineira
Eu como carne. Pouquíssima, mas como. Não deixo de ir à restaurantes ou jantar na casa de amigos por causa da comida, que inevitavelmente, será algum tipo de carne. Aqui em casa, procuro comer uma ou duas vezes por semana no máximo. Uma diferença drástica para quem cresceu comendo carne em to-das as refeições.
Mas o que tem me incomodado, é gente falando por aí que é defensor de animal, ONG e tudo, mas está lá no terraço fazendo um churrasquinho.
Eu já penso sobre isso há algum tempo, mas faltava coragem pra dizer. Até porque, não é do meu feitio julgar as pessoas pelo que fazem ou deixam de fazer, cada um com sua vida.
Mas hoje acordei com vontade de dizer isso, porque parece que não há uma associação lógica entre "animais" e "animais de estimação". Sinto que há um vazio gigante que distingue os dois, e não consigo entender por quê. Não deveriam estar todos eles na categoria "animais"?
Acho que a carne no supermercado hoje em dia é tão "industrializada", vem tão bem empacotadinha, que nem se percebe que é um animal. É um produto, um alimento, como outro qualquer. Simplesmente se esquece, ou se quer fazer esquecer que é um animal. Pode ser que sim, não posso discordar.
Uma vaca, por mais "politicamente correta" que seja a sua morte, nasceu e cresceu para ser comida.
Eu não como (muita) carne, não só porque "tenho dózinha" dos bichinhos. Mas também porque trazem um prejuízo enorme para o planeta. Ao invés de plantações, estão os pastos que contaminam o solo, a água e o ar. Tudo de uma vez só.
E a minha ânsia é saber se não ligam por falta de informação (o que me surpreenderia muito com o acesso que temos hoje, levando em conta ainda que aquele documentário "A carne é fraca" deve ter quase uns 10 anos, fora outros antes e depois dele) ou se é mesmo muito pouco caso.
Ah, mas pros animais domésticos sobra disposição lá no Facebook. Então só posso pensar que: ou é ignorância ou é hipocrisia.
Mas o que tem me incomodado, é gente falando por aí que é defensor de animal, ONG e tudo, mas está lá no terraço fazendo um churrasquinho.
Eu já penso sobre isso há algum tempo, mas faltava coragem pra dizer. Até porque, não é do meu feitio julgar as pessoas pelo que fazem ou deixam de fazer, cada um com sua vida.
Mas hoje acordei com vontade de dizer isso, porque parece que não há uma associação lógica entre "animais" e "animais de estimação". Sinto que há um vazio gigante que distingue os dois, e não consigo entender por quê. Não deveriam estar todos eles na categoria "animais"?
Acho que a carne no supermercado hoje em dia é tão "industrializada", vem tão bem empacotadinha, que nem se percebe que é um animal. É um produto, um alimento, como outro qualquer. Simplesmente se esquece, ou se quer fazer esquecer que é um animal. Pode ser que sim, não posso discordar.
Uma vaca, por mais "politicamente correta" que seja a sua morte, nasceu e cresceu para ser comida.
Eu não como (muita) carne, não só porque "tenho dózinha" dos bichinhos. Mas também porque trazem um prejuízo enorme para o planeta. Ao invés de plantações, estão os pastos que contaminam o solo, a água e o ar. Tudo de uma vez só.
E a minha ânsia é saber se não ligam por falta de informação (o que me surpreenderia muito com o acesso que temos hoje, levando em conta ainda que aquele documentário "A carne é fraca" deve ter quase uns 10 anos, fora outros antes e depois dele) ou se é mesmo muito pouco caso.
Ah, mas pros animais domésticos sobra disposição lá no Facebook. Então só posso pensar que: ou é ignorância ou é hipocrisia.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Praticando o desapego. Vendo tudo tudo tudo
Em plena Páscoa, eu aqui pensando em como vou fazer para vender tudo o que tenho.
Vou voltar para o Brasil antes do esperado, em maio (para meu desespero). E não vou levar nada da minha casa.
São móveis, eletrodomésticos, utensílios, e até roupas.
Quem está em Portugal e se interessar, estou catalogando em outro blog, é só clicar na imagem.
Tudo a preço de banana, uma tristeza :(
Fora o apego emocional, que não tem preço que pague.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
That´s what i´m talking about!
Novidades! Desenho que vira boneco de verdade!
Andei sumida por um bom motivo.
Um dos meus projetos relacionados às crianças, que tanto falo que gostaria de fazer, se concretizou!
É a Trapos e Monstros. Um atelier que cria bonecos a partir dos desenhos das crianças. Uma das coisas que vi por aí na internet, mas agora para o Brasil e Portugal!
O acaso do acaso do acaso me levou a uma pessoa fantástica, a Catarina, que ajudou a fazer tudo isso sair do papel. Além de amiga agora também é parceira de trabalho! Estou muuuuito feliz.
Não deixem de ver, dar likes no Facebook, seguir o blog, e encomendarem para seus filhos.
Marcadores:
desenhos viram bonecos,
trapos e monstros
segunda-feira, 2 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Receitinha: hamburguer de berinjela
Eu costumo comprar um hamburguer de cereais muito bom, mas o preço era bem salgadinho.
Aí li os ingredientes e me senti roubada mesmo.
Resolvi fazer o meu, com o que tinha em casa, e ficou fantástico, modéstia a parte.
Vamos aos ingredientes:
1 berinjela grande
1 xic. rasa arroz integral cozido (aquela sobra do almoço mesmo)
1 cenoura pequena ralada
2 colheres de linhaça torrada (torre antes) ou gergelim
1 colher rasa de farinha integral (só para "dar a liga")
sal, azeite, alho, cebola, pimenta, whatever
Corte a berinjela em tiras e cozinhe em água com sal (pode ser com casca)
Deixe esfriar um pouco e misture com os outros ingredientes (menos a farinha)
Use o mixer para triturar grosseiramente
Junte a farinha
Use as mãos para fazer os hamburgueres (não muito grossos)
Unte a frigideira com um fio de azeite e coloca o bichinho lá.
Essa receita rende muuuito, cuidado.
sábado, 31 de março de 2012
Viajar com crianças: noções básicas
Não sou das mais experientes em viagens, aliás há blogs fantásticos com dicas específicas do destino, são tantos que não dá nem pra listar.
Mas como acabo de chegar de uma viagem à Porto e Guimarães, resolvi dar os meus palpites, que vão além do protetor solar, casacos e planejamento.
1. Ao invés de hotel, tente alugar um apartamento.
Não há nada melhor do que ter uma cozinha à disposição quando se tem uma criança.
Mesmo para 1, 2 dias há opções de flats ou apartamentos que saem o mesmo valor de um hotel.
Pra mim, a alimentação é a preocupação número 1. Ficar na rua, num lugar desconhecido, a procura de um restaurante que tenha uma comida decente para criança, é muito desgastante.
Não custa nada fazer uma marmitinha fresca e levar pra rua. Assim, podem decidir comer em qualquer tipo de restaurante que a comida da criança está garantida.
2. Procure viajar depois das refeições.
Criança de barriga cheia é tranquilidade para a mãe e para a criança que provavelmente vai tirar aquela soneca na viagem.
Claro que não se deve comer e entrar no avião imediatamente, principalmente crianças sensíveis.
Mas fazer a viagem na hora do almoço ou do jantar atrapalha tudo. Se der para evitar, evite.
3. Se viajar de trem, peça poltronas com mesa ou viradas para frente.
Vai por mim. Experiência própria.
Para garantir, compre antes pela internet e escolha bem os lugares.
4. Leve carrinho.
Vale o esforço. Mesmo que seu filho já seja um pouco grande e olhem feio pra você na rua.
Na rotina escola, carro, casa, shopping, talvez o carrinho já esteja escostado, mas numa viagem com certeza ele faz toda a diferença. Além do que você pode levar suas tralhas penduradas nele.
5. Evite sextas feiras.
Nem sempre dá para evitar, mas pode ser um stress desnecessário enfrentar um aeroporto lotado ou um trem tumultuado.
Se eu lembrar de mais coisas, vou colocando aqui!
terça-feira, 27 de março de 2012
Pedras pintadas
Escolhemos as mais redondinhas da praia.
É bom apresentar outros materiais em que é possível pintar que não seja o papel.
Eu fui desenhando para incentivar meu filho e acabei não deixando muitas pedras pra ele.
É bom apresentar outros materiais em que é possível pintar que não seja o papel.
Eu fui desenhando para incentivar meu filho e acabei não deixando muitas pedras pra ele.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Sr. Batata
Sempre que alguém do Brasil vem pra cá, peço pra minha mãe mandar alguma coisa (e se não peço ela manda mesmo assim rsrsr). Numa oportunidade ela mandou não 1, mas duas malas cheeeias de coisas.
Entre os brinquedos, um que eu mesma tinha pedido porque não coube na minha mala: o Sr. Batata.
Minha mãe mandou muito bem embrulhadinho todas as pecinhas do Sr. Batata dentro da embalagem. Desfiz as malas, e afinal, cadê a batata?? Ficou pra trás de novo.
Já que é uma batata, não foi tão difícil resolver. :)
Entre os brinquedos, um que eu mesma tinha pedido porque não coube na minha mala: o Sr. Batata.
Minha mãe mandou muito bem embrulhadinho todas as pecinhas do Sr. Batata dentro da embalagem. Desfiz as malas, e afinal, cadê a batata?? Ficou pra trás de novo.
Já que é uma batata, não foi tão difícil resolver. :)
sexta-feira, 23 de março de 2012
Mercadinho Casa Verdes Anos
Essa escola me agrada muito, então me sinto na obrigação de partilhar o convite do mercadinho que vai acontecer amanhã.
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quinta-feira, 22 de março de 2012
Invaidosa
Fazia muito tempo que eu não ia ao salão. Não sou das mais vaidosas, quem me conhece sabe que não faço a unha, não sou lá muito entendida de maquiagem nem tratamentos de beleza.
Mas eu me lembrava de uma promessa que fiz a minha mesma: quando for à um salão, vá em um bom! Não me lembro porque prometi isso, mas não é difícil imaginar. Experiência boa é que não foi.
Pois bem. Já não aguantava mais meu cabelo crescido, só preso, estava num daqueles momentos de "eu mereço" quando passei em frente ao salão do shopping, o mais bacana da região. Meu marido já foi entrando e falando pra moça que ia deixar pago para eu não escapar. Borá lá pro meu dia de princesa.
Já que é pra fazer, vamos fazer direito!
Pedi mexas, tipo californianas (tá bom, eu entendo alguma coisinha de beleza).
Me deram listras.
Minha cara não disfarçou. A moça: vamos alí, a gente ameniza....
-Não obrigada, eu vou me acostumar... (me esforçando num sorrizinho)
Eu não iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.
Vamos ao corte.
-Quero tipo daquela moça ali (a moça com cabelos curtos, assimétricos, com a franja na sombrancelha).
Ela então pega minha franja, mede na boca e diz, está bom aqui né?
Me senti falando grego. Ela achou que era uma manutenção, e o que eu queria era um corte de verdade. Quando pedi para cortar mais pela terceira vez, ela que não disfarçou a cara, pegou uma máquina e começou a cortar meu cabelo comprido, na máquina. Aí achei melhor desistir.
Nem quero contar o final da história para não reviver aquele momento nada confortável, aliás, triste.
Depois de deixar todas as minhas economias com a caixa, fui direto ao mercado para comprar uma tinta de cabelo. Cheguei em casa chorando e meu filho coitadinho, tentou até me consolar.
Foi então que entendi o porquê de eu frequentar tão pouco os salões de beleza.
E que desta vez o tempo não me deixe esquecer.
Mas eu me lembrava de uma promessa que fiz a minha mesma: quando for à um salão, vá em um bom! Não me lembro porque prometi isso, mas não é difícil imaginar. Experiência boa é que não foi.
Pois bem. Já não aguantava mais meu cabelo crescido, só preso, estava num daqueles momentos de "eu mereço" quando passei em frente ao salão do shopping, o mais bacana da região. Meu marido já foi entrando e falando pra moça que ia deixar pago para eu não escapar. Borá lá pro meu dia de princesa.
Já que é pra fazer, vamos fazer direito!
Pedi mexas, tipo californianas (tá bom, eu entendo alguma coisinha de beleza).
Me deram listras.
Minha cara não disfarçou. A moça: vamos alí, a gente ameniza....
-Não obrigada, eu vou me acostumar... (me esforçando num sorrizinho)
Eu não iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.
Vamos ao corte.
-Quero tipo daquela moça ali (a moça com cabelos curtos, assimétricos, com a franja na sombrancelha).
Ela então pega minha franja, mede na boca e diz, está bom aqui né?
Me senti falando grego. Ela achou que era uma manutenção, e o que eu queria era um corte de verdade. Quando pedi para cortar mais pela terceira vez, ela que não disfarçou a cara, pegou uma máquina e começou a cortar meu cabelo comprido, na máquina. Aí achei melhor desistir.
Nem quero contar o final da história para não reviver aquele momento nada confortável, aliás, triste.
Depois de deixar todas as minhas economias com a caixa, fui direto ao mercado para comprar uma tinta de cabelo. Cheguei em casa chorando e meu filho coitadinho, tentou até me consolar.
Foi então que entendi o porquê de eu frequentar tão pouco os salões de beleza.
E que desta vez o tempo não me deixe esquecer.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Máscara de papel marchê
Os dias andavam chuvosos, e evitar a televisão, o vídeo game, o DVD é realmente uma missão difícil. É tentador não só para as crianças, mas pra gente também.
Foi quando o carteiro encheu nossa caixa de correios de tablóides. Resolvi fazer uma bola de papel marchê, ainda sem muita finalidade, só para ver como é. Não me lembro de fazer isso nunca, nem quando eu era criança.
Foi uma experiência ótima ver o jornal se transformar num objeto tão diferente.
Fiz uma misturinha de cola com água e fomos colando as tiras de papel molhadas num balão.
Também é bom pra a criança exercitar a paciência porque só secou no dia seguinte.
Estouramos o balão, e pronto. Tínhamos uma bola de papel.
Sem saber muito o que fazer com aquilo, cortei ao meio e fiz duas máscaras, mas com mais criatividade dá para fazer uma infinidade de coisas.
Recomendo!
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O tal foguete
Chego no quarto, e o tal foguete de papelão foi transformado numa casinha esconderijo pelo meu filho. E não é que é multiuso mesmo?
terça-feira, 20 de março de 2012
Receita da semana: nhoque integral
Tudo que vai farinha aqui em casa, tem que ser integral. Fica mais gostoso, mais nutritivo, então eu não entendo porque as pessoas ainda não têm esse hábito.
Lembrando que integral não significa light.
Me aventurei a fazer um nhoque. Meu marido ficava falando que estava com saudade do nhoque do Brasil, que avô falecido sabia fazer, etc.etc.etc.
Lá fui eu pro balcão da cozinha.
E não é que deu certo?
Mas não achei uma receita realmente boa, então adaptei uma daqui, outra dali, e vamos lá:
Para a massa
4 batatas (de preferência orgânicas)
2 ovos
1 maço de espinafre (de preferência orgânico)
2 xic de farinha integral
1 dente de alho
sal
Para o molho (não é aconselhável estragar o nhoque com um molho pronto)
4 tomates
meia cebola
1 dente de alho
1 colher de chá de mel ou açúcar
sal
manjericão
Primeiro vá adiantando o molho.
Coloque os 4 tomates inteiros na água quente para cozinhar.
Escorra e tire a casca quando estiverem mais mornos para não se queimar.
Se quiser descasque antes, tive as sementes e coloque para cozinhar com um pouco de água.
Noutra panela, refogue alho picado e cebola. Coloque os tomates com a água do cozimento e acrescente o mel e sal, salsinha. Use o mixer para triturar grosseiramente. Antes de servir coloque folhinas de manjericão fresco.
A massa não tem muito segredo.
Cozinhe na água com sal as batatas descascadas com as folhas de espinafre e o alho (tudo junto mesmo)
Amasse as batatas cozidas com o alho e reserve.
Tire as folhas de espinafre, escorra (esprema) e pique bem.
Quando a batata estiver mais morna, coloque todos os ingredientes e misture.
Use farinha branca para fazer aquela bagunça no balcão da cozinha e ajudar a massa a não grudar em nada.
Faça bolinhas ou tiras para cortar pedaços e coloque direto na água fervendo. (Não junte tudo para colocar depois como eu fiz porque os nhoques grudaram!)
Rende para 4 pessoas.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Unschooling
Peter trabalhando em seu documentário sobre "estudar em casa" |
Eu achava que a prática de educar em casa era apenas para os pequenos, no que conhecemos por idade não escolar, que vai até os 6 anos. A partir daí as escolas tem de seguir algumas regras, para que se tenha uma certa uniformidade no aprendizado de acordo com a idade.
(Tudo bem que a gente que é mãe e trabalha acha que a idade escolar é aos 2 anos, porque você chega na escolinha e seu filho está sentadinho numa carteira aprendendo as letras, e nós não só achamos normal como "obrigatório").
Em Portugal e alguns outros países o ensino doméstico após essa idade é legal e há um movimento no Brasil também defende este direito. Pais e mães, por diversos motivos, preferem educar seus filhos em casa.
Mas o que eu quero falar mesmo, é sobre o chamado "unschooling" dos maiores.
Um rapazinho de 20 anos chamado Peter Kowalke saiu da faculdade e criou uma comunidade que acredita na formação sem escola, o Unscholler Experiment. Não é a primeira iniciativa, mas ele está empenhado na causa e já recebeu $100 mil do Paypal para financiar o projeto. Ele estuda em casa e mais do que estudos ele valoriza a experiência.
Enquanto os rapazes da sua idade estão na faculdade, ele está conhecendo outros países, outras pessoas, descobrindo problemas e soluções do mundo. E essa experiência "de vida" é valorizada sim no currículo, e para empresas mais arrojadas, é isso que conta: um profissional criativo, com vivência e também com conhecimentos técnicos que correu atrás sozinho.
Claro que isso não se aplica em todas as áreas, afinal quem iria num médico sem formação?
Mas achei interessante pensando na geração desse rapaz, que já nasceu com todas as ferramentas de informação na mão, e pensou no que parece óbvio, questionar o sistema.
Essa evolução também é muito positiva em termos de valores e confirma que o diploma da vida é tão importante quanto uma faculdade. Steve Jobs e muuuitos outros não o deixam mentir.
sábado, 17 de março de 2012
Como economizar com orgânicos
Uma dica simples que vi no Dr. Oz (dona de casa total) que faz algum sentido:
Não gaste dinheiro comprando alimentos orgânicos de casca grossa.
O alimento recebeu "banhos" de pesticida, e você inevitavelmente vai descascá-los para consumir.
Como: laranja, banana, abóbora, etc.
Já alimentos de casca fina ou folhas, prefira os orgânicos.
A dica é válida apesar de achar essa questão bem relativa. Além de pesticidas, tem a terra, o tratamento, a adubação, etc.
Mas é bom lembrar na hora das compras.
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