domingo, 24 de junho de 2012

Mães de Troca

Ainda pensando em como ter uma vida "simples" em São Paulo, resolvi criar um grupo de trocas no Facebook.
Você mãe, que tem os armários cheios de coisas que não usa mais;
Você mãe, que não quer queimar as coisinhas lindas dos seus filhos nos brechós;
Você mãe, que sempre precisa comprar coisas novas na idade adequada do seu filho;
Você mãe, que sabe fazer algo bacana, e quer oferecer o seu serviço em troca de um produto;
Você mãe, que consome de forma consciente, e quer ser ainda mais sustentável;


No Mães de troca, além de trocar experiências, podemos trocar produtos e serviços com outras mães, como roupinhas por uma encomenda de cupcakes, brinquedos por um logotipo de uma mãe designer.
Para participar do grupo dê um like na página e avisa as amigas!

 É simples:
. Se você deseja algo específico, não apenas procure. Exponha para o grupo o que você procura.
. Se você quer oferecer algo, mesmo sem saber bem o que procura, conte pra gente. Sempre haverá uma mãe com algo para oferecer em troca.
. Coloque o valor do seu produto na nossa moeda de troca, afinal vai ser difícil avaliar se vale a pena trocar uma boneca por uma roupinha. "R$ 1,00" corresponde à "1 MT".

Regrinhas importantes:
1. Só ofereça produtos em bom estado (não precisava nem falar né?)
2. Se fizer um compromisso, cumpra! Não é porque é uma troca que você não deve tratar com o mesmo profissionalismo de sempre.
3. Seja educada :)
4. Por favor não comercialize nada em dinheiro. Não é essa a ideia.
5. Não nos responsabilizamos pelas negaciações, ok?

domingo, 17 de junho de 2012

O que mudou?

Há 3 semanas saímos de Portugal, e agora tudo que a gente faz dizemos "faz um ano que não fazemos isso", como se tudo estivesse fazendo aniversário. De todas as coisas, a que eu mais gosto é "um ano sem carro". Coisa inimaginável em São Paulo.
As 3 primeiras coisas que eu queria fazer quando eu chegasse, já fiz:
. cortar o cabelo (ufa!)
. ir num rodízio japonês e me acabar
. comer açaí

Agora, estou me acostumando com algumas coisas e desacostumando com outras:

.não preciso (e nem devo) carregar máquina fotográfica na bolsa
.quase não ando apé
.sinto falta do meu filho se fico só algumas horas sem ele
.ter uma linda vista da cidade, não é uma vista linda

e não sei porque eu tenho tanta tralha.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Parabéns pra você namorada!

Parabéns a você, mulher, mãe que trabalha fora, e dentro de casa, que é blogueira, que busca o filho na escola, que cozinha, que faz academia, dança e pilates, que tem hobbies, que faz a unha toda semana, que estuda, que lê jornal, que tem opinião, que tem vida social, que se preparou para o dia dos namorados, que comprou presente, que preparou uma noite especial, que não esquece nenhuma data importante, que tem uma agenda organizada, uma casa organizada, que já planejou a viagem de ano novo, ou o cardápio da semana. Pra você, meus parabéns. Sou sua fã.
(que fique bem claro que isso não é uma ironia, e que essa não sou eu.)

sábado, 2 de junho de 2012

Simples em São Paulo? Como??

Em 1 ano vivendo em Portugal aprendi muita coisa. Achei que estivesse preparada para encarar São Paulo, afinal, a cidade não teria mudado tanto assim em apenas 1 ano. Trânsito, correria, insegurança, eu já estava preparada para tudo isso.
Mas uma coisa engraçada aconteceu. Quando pisei em São Paulo de novo, a sensação foi de nunca ter saído. Era a mesma Carol de um ano atrás, acelerada, como se eu não tivesse aprendido nada.
Nada mudou mesmo, alguns prédios novos, mais carros na rua, novas lojinhas no bairro. Falando em bairro, o meu, era apenas um bairro, já movimentado, mas com as lojinhas locais, a padaria do vizinho, a empresa do amigo. Agora, meu bairro está tão profissional, com redes, franquias, multinacionais, que estranhei um pouco.
E a minha rotina que era praia-parquinho-casa, agora vai ser o que?
Colocou o pé na rua, pagou.
Fomos ao shopping, como todo paulistano que se preze. Dezessete reais um prato de comida, treze reais de estacionamento, dez reais um sorvete de yogurte, e aí me lembrei como é caro viver aqui!
E as coisas são caras não porque é o preço mesmo, mas sim porque a demanda é tão grande, que as pessoas pagam, faz fila!
Mas como ter uma vida simples em São Paulo, CO-MO?????
Como não entrar nesse ritmo, se o cara da fila tá te pressionando atrás de você, o carro te fecha no trânsito porque você anda na velocidade permitida, se ir ao parque é sinônimo de sufoco, lotação e cinco reais uma água?
Como, se andar de bicicleta na rua é um suicídio?
Como não ter um celular com internet se você passa mais horas no trânsito do que em casa? Sem contar que 99% das pessoas que você conhece, inclusive seu cabeleireiro, tem um Iphone 4?
Como fazer para vender suas coisas para comprar novas, se até as instituições de caridade estão recusando objetos, e você não pode confiar em ninguém para entrar na sua casa para comprar?
Como reciclar se não tem nem separação de lixo no seu condomínio? (Como assim?!!)
Como explicar para seu filho de 4 anos que todos aqueles brinquedos licenciados de trabalho escravo chinês que estão no supermercado e todas as informações que ele é exposto todos os dias não são bacanas?
Vai ser um desafio e tanto.