segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bye Bye


Mais do conhecer lugares novos, culturas novas, pessoas novas, o que eu mais gostei de conhecer nesse 1 ano fora do Brasil foi: eu mesma.
Tive diferentes fases.
Fase de cozinhar, fase de construir brinquedos, fase de trabalhar, fase de reclusão, fase de viajar, fase de emagrecer, fase de engordar.
Essa viagem significa muito mais do que um descanso, um intercâmbio, um sabático. Pra mim, é a realização de um sonho de longa data. Pode parecer um sonho simplório, mas era meu, e quando apareceu marido e filho, tinha que ser nosso.
Não é todo marido que topa, sorte a minha ter um que não só topou como abraçou o desejo para ele também.

Nunca me senti enraizada em um lugar. Coisa de aquariana. Não é à toa que aos 19 anos fiz uma tatuagem de um globo terrestre (ah mãe, você sempre soube vai? heheh). 10 anos se passaram, e meu sentimento é o mesmo: pertenço ao mundo. (ou só não gosto de São Paulo mesmo ;))

O saldo final é excelente (não da conta bancária, claro.)
Mas não tem preço ser mãe 100%. Quando meu filho tropeçou, fui eu que o segurei, quando ele chorou, fui eu que o consolei, quando ele falou errado, fui eu que o corrigi. Não foi fácil.
Eu poderia deixa-lo na escola de manhã e buscá-lo no fim da tarde alimentado, educado e me poupado de preparar um almoço saudável ou de pensar cuidadosamente em que palavras eu deveria usar numa bronca. Mas não há nada mais prazeroso e gratificante do mundo ficar com ele 24hs. Tive a oportunidade e aproveitei. Na verdade, foi por pouco.
Aprendi a ouvir minha intuição, e agora me sinto mais segura para enfrentar quem me disser algo que eu me sinta desconfortável, como obrigar meu filho comer sopa simplesmente porque todos os alunos da escola tomam. Ele não foi mais à escola e foi a melhor decisão depois de vir pra cá. Mas isso é tema para outro post.

Faltam poucos dias para eu voltar ao Brasil, e provavelmente é meu último post em Portugal porque estou às voltas com a burocracia para mudar de país.

Levo o que der nas malas, um gato vira lata, e no peito um coração feliz, mesmo com a confusão de sentimentos de ainda achar que foi bom, intenso, mas rápido demais.

5 comentários:

  1. Carol,
    Adoro seu textos. Adoro ter notícias e ver essa tua maturidade!
    Aguardo sua volta pra marcamos um jantarzinho lá em casa, saber das novidades e ver suas fotos!
    Te adoro,
    Má Vilar

    ResponderExcluir
  2. Amiga querida! Também te adoro! Com certeza eu vou lá na sua casa ver o que você está aprontando. Muuitas saudades.

    ResponderExcluir
  3. Eu já estou morrendo de saudades Catarina :)

    ResponderExcluir