Fazia muito tempo que eu não ia ao salão. Não sou das mais vaidosas, quem me conhece sabe que não faço a unha, não sou lá muito entendida de maquiagem nem tratamentos de beleza.
Mas eu me lembrava de uma promessa que fiz a minha mesma: quando for à um salão, vá em um bom! Não me lembro porque prometi isso, mas não é difícil imaginar. Experiência boa é que não foi.
Pois bem. Já não aguantava mais meu cabelo crescido, só preso, estava num daqueles momentos de "eu mereço" quando passei em frente ao salão do shopping, o mais bacana da região. Meu marido já foi entrando e falando pra moça que ia deixar pago para eu não escapar. Borá lá pro meu dia de princesa.
Já que é pra fazer, vamos fazer direito!
Pedi mexas, tipo californianas (tá bom, eu entendo alguma coisinha de beleza).
Me deram listras.
Minha cara não disfarçou. A moça: vamos alí, a gente ameniza....
-Não obrigada, eu vou me acostumar... (me esforçando num sorrizinho)
Eu não iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.
Vamos ao corte.
-Quero tipo daquela moça ali (a moça com cabelos curtos, assimétricos, com a franja na sombrancelha).
Ela então pega minha franja, mede na boca e diz, está bom aqui né?
Me senti falando grego. Ela achou que era uma manutenção, e o que eu queria era um corte de verdade. Quando pedi para cortar mais pela terceira vez, ela que não disfarçou a cara, pegou uma máquina e começou a cortar meu cabelo comprido, na máquina. Aí achei melhor desistir.
Nem quero contar o final da história para não reviver aquele momento nada confortável, aliás, triste.
Depois de deixar todas as minhas economias com a caixa, fui direto ao mercado para comprar uma tinta de cabelo. Cheguei em casa chorando e meu filho coitadinho, tentou até me consolar.
Foi então que entendi o porquê de eu frequentar tão pouco os salões de beleza.
E que desta vez o tempo não me deixe esquecer.
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