terça-feira, 10 de julho de 2012

Pronto, falei!


Eu apoio este grupo de pais que se preocupa com a publicidade infantil. Faço parte, compartilho, posto o conteúdo coletivo (como o último).
Eles realmente me fizeram pensar sobre o assunto, e cheguei a uma conclusão: todo esse auê me parece um desperdício enoooorme de energia.
Primeiro porque, como publicitária, fico com dó da ingenuidade dos pais que cobram do Conar uma postura mais rigorosa frente aos comerciais abusivos. O Conar é um órgão AUTO-regulamentador. O que se deve esperar de um publicitário que julga outro publicitário?
Desde que comecei na propaganda, há quase 10 anos, "todo mundo" sabe (pelo menos eu achava que sabiam) que "todo mundo" faz um comercial teoricamente proibido e veicula, ou melhor bombardeia, na sexta, sábado e domingo, porque o Conar só vai intervir na segunda feira, já que não trabalha no fim de semana. Não há veiculação na segunda feira, não porque o Conar vetou, mas porque já é programado para ser assim, já que é óbvio que vai ser vetado, o investimento é só para aquele período.
Sim, pessoal, a propaganda pode ser cruel.
A indústria farmaceutica não faz campanha de prevenção ao câncer de mama porque ela é bacana, mas porque quanto antes você descobrir a doença, mais tempo você irá usar o remédio deles.
Dos países do BRIC (os emergentes Brasil, Russia, India e China) só o Brasil está indo no caminho inverso de crescimento, incentiva ferozmente o consumo interno, baixa imposto, dá crédito, enquanto os outros países produzem e investem, nós produzimos e consumimos.
O Brasil escolheu viver bem o hoje, sem pensar no amanhã. E o povo larga carro, geladeira e sofá na rua, porque "precisa" trocar. Algo totalmente mal planejado, mas já estou me perdendo, porque isso é assunto para outro post.
Voltando ao consumo consciente infantil, hoje achei que o grupo de pais responsáveis forçaram a barra criticando a campanha da SuperNanny.
Achei um desperdício de energia mesmo. A fórmula publicitária "tudo errado para apresentar a solução" é a mais antiga de todas.
Pra mim, é difícil mesmo convercer meu filho que não dá, e nem se desse, ele teria todos aqueles brinquedos anunciados.
Mas olha, se não quer que seu filho seja influenciado pelos comerciais de tv, não brigue na justiça para proibí-los... tem uma coisa muito mais fácil e menos dispendiosa do que isso: o controle remoto.
"Na boa véi"... desliga a tv, para de reclamar, e vá brincar com seu filho! A probabilidade de ele gostar muito mais de empinar pipa do que o Max Steel é enorme, tenho certeza.
Quem está engajado no tal grupo, é porque se preocupa. Quem não está, obviamente não vai se engajar, e aí, não temos muito o que fazer por eles a não ser ajudar a conscientizá-los. Concluindo, ao invés de punir, restringir ou proibir comerciais, porque não gastar energia em educar os pais por exemplo?
A Nanny não é a minha forma de educar, mas pelo menos ela faz esse esforço, o que eu acho muito mais válido do que fazer esse auê todo.
E outra coisa, a campanha nem tinha tanta repercursão assim, agora com esse reforço, deve ter alavancado alguma atenção.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Carta Aberta ao Conar


Duas recentes medidas do Conar referentes aos abusos da publicidade voltada para as crianças nos deixaram preocupados e ainda mais descrentes da atuação deste órgão com relação à proteção da infância.
A primeira foi a decisão de sustar a campanha da Telessena de Páscoa por anunciar para o público infanto-juvenil um produto que só pode ser vendido para maiores de 16 anos (de acordo com regulamentação da SUSEP). A segunda foi a advertência dada pelo Conar à Ambev, com relação ao ovo de páscoa de cerveja da Skol.
Ambas atitudes do Conar seriam dignas de aplausos – se tivessem sido tomadas quando as campanhas publicitárias estavam no ar, na Páscoa, em março. Mas o Conar só agiu em junho, quando as campanhas já não eram mais veiculadas.
Com isso, não houve nenhum impedimento para que a mensagem indevida da Telessena atingisse impunemente milhões de brasileirinhos e que a Ambev promovesse bebida alcoólica através de um produto de forte apelo às crianças. A advertência à Skol é ainda mais ineficaz, pois não impede que no próximo ano, produto semelhante seja oferecido.
O Movimento Infância Livre de Consumismo vê nessas decisões a comprovação de que o atual sistema de autorregulamentação praticado pelo mercado publicitário brasileiro é lento, omisso e ineficiente. Fato ainda mais grave quando se trata da defesa do público infantil.
Por isso, exigimos que a publicidade infantil sofra um controle externo como todas as atividades empresariais. Reiteramos nossa postura de que, sem leis e punição, jamais teremos uma publicidade infantil mais ética.
Nós, mães e pais, exigimos respeito à infância dos nossos filhos e solicitamos que estas duas atuações não constem dos autos do Conar como casos de sucesso. Contabilizar pareceres dados depois que as campanhas saíram do ar, como exemplo da firme atuação do Conar, é propaganda enganosa. E isso contraria o tal Código de Autorregulamentação que os publicitários insistem em tentar nos convencer que funciona.
(Este texto faz parte de uma blogagem coletiva proposta pelo Movimento Infância Livre de Consumismo juntamente com blogs parceiros. Este movimento é composto por pais e mães que desejam uma regulamentação séria e eficiente da publicidade voltada para crianças. Para saber mais acesse: http://www.infancialivredeconsumismo.com.br)

domingo, 24 de junho de 2012

Mães de Troca

Ainda pensando em como ter uma vida "simples" em São Paulo, resolvi criar um grupo de trocas no Facebook.
Você mãe, que tem os armários cheios de coisas que não usa mais;
Você mãe, que não quer queimar as coisinhas lindas dos seus filhos nos brechós;
Você mãe, que sempre precisa comprar coisas novas na idade adequada do seu filho;
Você mãe, que sabe fazer algo bacana, e quer oferecer o seu serviço em troca de um produto;
Você mãe, que consome de forma consciente, e quer ser ainda mais sustentável;


No Mães de troca, além de trocar experiências, podemos trocar produtos e serviços com outras mães, como roupinhas por uma encomenda de cupcakes, brinquedos por um logotipo de uma mãe designer.
Para participar do grupo dê um like na página e avisa as amigas!

 É simples:
. Se você deseja algo específico, não apenas procure. Exponha para o grupo o que você procura.
. Se você quer oferecer algo, mesmo sem saber bem o que procura, conte pra gente. Sempre haverá uma mãe com algo para oferecer em troca.
. Coloque o valor do seu produto na nossa moeda de troca, afinal vai ser difícil avaliar se vale a pena trocar uma boneca por uma roupinha. "R$ 1,00" corresponde à "1 MT".

Regrinhas importantes:
1. Só ofereça produtos em bom estado (não precisava nem falar né?)
2. Se fizer um compromisso, cumpra! Não é porque é uma troca que você não deve tratar com o mesmo profissionalismo de sempre.
3. Seja educada :)
4. Por favor não comercialize nada em dinheiro. Não é essa a ideia.
5. Não nos responsabilizamos pelas negaciações, ok?

domingo, 17 de junho de 2012

O que mudou?

Há 3 semanas saímos de Portugal, e agora tudo que a gente faz dizemos "faz um ano que não fazemos isso", como se tudo estivesse fazendo aniversário. De todas as coisas, a que eu mais gosto é "um ano sem carro". Coisa inimaginável em São Paulo.
As 3 primeiras coisas que eu queria fazer quando eu chegasse, já fiz:
. cortar o cabelo (ufa!)
. ir num rodízio japonês e me acabar
. comer açaí

Agora, estou me acostumando com algumas coisas e desacostumando com outras:

.não preciso (e nem devo) carregar máquina fotográfica na bolsa
.quase não ando apé
.sinto falta do meu filho se fico só algumas horas sem ele
.ter uma linda vista da cidade, não é uma vista linda

e não sei porque eu tenho tanta tralha.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Parabéns pra você namorada!

Parabéns a você, mulher, mãe que trabalha fora, e dentro de casa, que é blogueira, que busca o filho na escola, que cozinha, que faz academia, dança e pilates, que tem hobbies, que faz a unha toda semana, que estuda, que lê jornal, que tem opinião, que tem vida social, que se preparou para o dia dos namorados, que comprou presente, que preparou uma noite especial, que não esquece nenhuma data importante, que tem uma agenda organizada, uma casa organizada, que já planejou a viagem de ano novo, ou o cardápio da semana. Pra você, meus parabéns. Sou sua fã.
(que fique bem claro que isso não é uma ironia, e que essa não sou eu.)

sábado, 2 de junho de 2012

Simples em São Paulo? Como??

Em 1 ano vivendo em Portugal aprendi muita coisa. Achei que estivesse preparada para encarar São Paulo, afinal, a cidade não teria mudado tanto assim em apenas 1 ano. Trânsito, correria, insegurança, eu já estava preparada para tudo isso.
Mas uma coisa engraçada aconteceu. Quando pisei em São Paulo de novo, a sensação foi de nunca ter saído. Era a mesma Carol de um ano atrás, acelerada, como se eu não tivesse aprendido nada.
Nada mudou mesmo, alguns prédios novos, mais carros na rua, novas lojinhas no bairro. Falando em bairro, o meu, era apenas um bairro, já movimentado, mas com as lojinhas locais, a padaria do vizinho, a empresa do amigo. Agora, meu bairro está tão profissional, com redes, franquias, multinacionais, que estranhei um pouco.
E a minha rotina que era praia-parquinho-casa, agora vai ser o que?
Colocou o pé na rua, pagou.
Fomos ao shopping, como todo paulistano que se preze. Dezessete reais um prato de comida, treze reais de estacionamento, dez reais um sorvete de yogurte, e aí me lembrei como é caro viver aqui!
E as coisas são caras não porque é o preço mesmo, mas sim porque a demanda é tão grande, que as pessoas pagam, faz fila!
Mas como ter uma vida simples em São Paulo, CO-MO?????
Como não entrar nesse ritmo, se o cara da fila tá te pressionando atrás de você, o carro te fecha no trânsito porque você anda na velocidade permitida, se ir ao parque é sinônimo de sufoco, lotação e cinco reais uma água?
Como, se andar de bicicleta na rua é um suicídio?
Como não ter um celular com internet se você passa mais horas no trânsito do que em casa? Sem contar que 99% das pessoas que você conhece, inclusive seu cabeleireiro, tem um Iphone 4?
Como fazer para vender suas coisas para comprar novas, se até as instituições de caridade estão recusando objetos, e você não pode confiar em ninguém para entrar na sua casa para comprar?
Como reciclar se não tem nem separação de lixo no seu condomínio? (Como assim?!!)
Como explicar para seu filho de 4 anos que todos aqueles brinquedos licenciados de trabalho escravo chinês que estão no supermercado e todas as informações que ele é exposto todos os dias não são bacanas?
Vai ser um desafio e tanto.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Desnecessidades

Taí meu umbigo com 1 ano que não me deixa mentir
Hoje vendo umas fotos antigas me arrependi profundamente de ter operado a hérnia no umbigo do meu filho, que tinha só 2 aninhos.
De uns tempos pra cá já tinha reparado que era muito comum ver o umbigo das crianças saltadinho, mas hoje eu vi meu próprio umbigo (literalmente) numa foto minha de quando eu era criança, e está lá a prova que eu não precisei de cirurgia nenhuma (mesmo grande, na gravidez, nunca aconteceu nada.)

Mais uma das coisinhas precipitadas que mães de primeira viagem fazem, quando alguém com Dr. na frente do nome manda fazer.

Eu admiro muito quem anda "maternando com apego" (do termo attachment parenting) - mas sem radicalices por favor, porque meu filho dorme muito bem na cama dele e eu na minha - e por estar lendo bastante sobre isso, tento colocar em prática no meu dia-a-dia os conceitos que mais me identifico na criação dele.

Já vi que não é mesmo fácil, e por mais que as pessoas tentem ser respeitosas, é difícil entender uma forma de criação diferente da que fomos nós mesmos criados, e a comparação é espontânea "eu fiz assim, comi assim, estudei assim, e sou uma pessoa normal, então pra que inventar moda??"

Pois eu acho que, a teria da evolução se aplica nesses momentos também, a gente veio pro mundo pra evoluir. Isso pra mim significa aprender com o passado e melhorar para o futuro.
Não é porque o cara apanhou do pai e cresceu muito bem obrigado, que precisa bater no filho. Não descobriu que há outras formas de resolver o problema?

Bater ou não bater e todos os outros pontos sobre como educar os filhos (desde dormir junto com os pais, alimentação à educação financeira) são naturalmente questionados quando se faz de forma "diferente". O desafio é estar sempre preparada para explicar o porquê você não quer que seu filho estude na escola tradicional ou porquê você não quer dar remédio para a febre do seu filho (vai encarar a médica do PS?).

O mais engraçado é que tenho que me autoquestinar o tempo todo, por que sem querer, e porque fomos criados assim, a gente repete automaticamente o que aprendeu, como se fosse a única verdade.
Não há verdades, não há métodos. Há experiência e há intuição.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Chegamos bem

Chegamos em São Paulo, depois virar noite, praticar desapego deixando tudo que não cabia na mala pra trás, 10 horas de vôo, 9 malas (fora o gato e a prancha de surf), algum stress, alguma melancolia, e alguma indigestão da comida do avião. Estamos bem, muito bem. Afinal, chegamos antes mesmo da família que iria nos buscar no aeroporto. Mais de 3 horas no trânsito. Welcome. Essa é nossa nova realidade. Minha mãe estava lá (ufa!) e depois dos abraços explicou que a presidente facilitou (mais) a compra do carro zero e por isso a demora. Chegando na cidade eu entendi a estratégia. Além de movimentar a economia, esvaziar os pátios, e manter o bom relacionamento com as montadoras, ela quer mesmo que as pessoas fujam. Quanto mais trânsito melhor. É a maneira mais rápida de expulsar o excesso de gente em São Paulo. Doloroso mas inteligente. Me lembrou a frase que está escrito no metro Parque lá em Lisboa: "Se queres mel, suporte as abelhas". Acho que vai ser um sucesso Dilma, eu mesma nem cheguei e já quero ir embora.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bye Bye


Mais do conhecer lugares novos, culturas novas, pessoas novas, o que eu mais gostei de conhecer nesse 1 ano fora do Brasil foi: eu mesma.
Tive diferentes fases.
Fase de cozinhar, fase de construir brinquedos, fase de trabalhar, fase de reclusão, fase de viajar, fase de emagrecer, fase de engordar.
Essa viagem significa muito mais do que um descanso, um intercâmbio, um sabático. Pra mim, é a realização de um sonho de longa data. Pode parecer um sonho simplório, mas era meu, e quando apareceu marido e filho, tinha que ser nosso.
Não é todo marido que topa, sorte a minha ter um que não só topou como abraçou o desejo para ele também.

Nunca me senti enraizada em um lugar. Coisa de aquariana. Não é à toa que aos 19 anos fiz uma tatuagem de um globo terrestre (ah mãe, você sempre soube vai? heheh). 10 anos se passaram, e meu sentimento é o mesmo: pertenço ao mundo. (ou só não gosto de São Paulo mesmo ;))

O saldo final é excelente (não da conta bancária, claro.)
Mas não tem preço ser mãe 100%. Quando meu filho tropeçou, fui eu que o segurei, quando ele chorou, fui eu que o consolei, quando ele falou errado, fui eu que o corrigi. Não foi fácil.
Eu poderia deixa-lo na escola de manhã e buscá-lo no fim da tarde alimentado, educado e me poupado de preparar um almoço saudável ou de pensar cuidadosamente em que palavras eu deveria usar numa bronca. Mas não há nada mais prazeroso e gratificante do mundo ficar com ele 24hs. Tive a oportunidade e aproveitei. Na verdade, foi por pouco.
Aprendi a ouvir minha intuição, e agora me sinto mais segura para enfrentar quem me disser algo que eu me sinta desconfortável, como obrigar meu filho comer sopa simplesmente porque todos os alunos da escola tomam. Ele não foi mais à escola e foi a melhor decisão depois de vir pra cá. Mas isso é tema para outro post.

Faltam poucos dias para eu voltar ao Brasil, e provavelmente é meu último post em Portugal porque estou às voltas com a burocracia para mudar de país.

Levo o que der nas malas, um gato vira lata, e no peito um coração feliz, mesmo com a confusão de sentimentos de ainda achar que foi bom, intenso, mas rápido demais.

sábado, 12 de maio de 2012

E se fosse com você?

A empresa chamou, fez a proposta, apertou a mão, pediu documentos, mandou assinar papéis, marcou a data pra começar.

A pessoa convenceu a esposa, negociou salário, fez planos, compras, compromissos, colocou o filho na escola, a esposa abriu empresa, quebrou contratos, fez novos contratos, adiou viagens, avisou a família, comemorou, recusou outros trabalhos, e na véspera de começar, veio a bomba.

A empresa desistiu da contratação.

Ou a pessoa tem um passado negro, ou é mesmo muita irresponsabilidade da empresa.


A primeira hipótese está descartada, o que nos resta, a segunda.

A justificativa é das mais estapafúrdias. A empresa não contrata estrangeiros. Uma multinacional que não contrata estrangeiros? Nunca ouvi falar.
Ou talvez seja uma desculpa esfarrapada para não contratar um estrangeiro em plena crise. Ia pegar meio mal. Afinal, nada mais justo oferecer um dos poucos empregos do país para uma pessoa do próprio país. Certo?
Há controvérsias.
De onde eu venho isso tem nome, e bem feio, se chama xenofobia. É por isso que duvido muito que seja uma prática legalizada.
O que aconteceu foi real, a tal esposa sou eu. E não foi bacana, tenho que dizer.
Primeiro pela atitude de fazer uma proposta sem saber as regras. É muita falta de profissionalismo. Segundo pela regra em si, se é que ela existe.
A empresa entregou até Manual de Conduta de funcionário. Estou pensando se devo retribuir entregando um Manual de Conduta para a empresa.
Quando meu irmão foi morar na Austrália achei o máximo. Quando voltou perguntei à minha cunhada se ela não ficaria lá pra sempre. Ela me disse uma coisa que me marcou.
"Não importa quanto tempo você fique, você sempre será um estrangeiro."

O fato é que a relação entre brasileiros e portugueses vai muito além de colonizados e colonizadores.
Este comportamento do séc. XV nunca esteve tão atual.
A tal empresa, mesmo sendo multinacional, prefere um português, com qualificação inferior (para não ouvir mimimi), a infringir as tais regras que a tornariam melhor, mais competitiva, contratando um brasileiro.
E de quebra, iria aprender o significado de: legal, estapafúrdio, bacana, esfarrapado e mimimi.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

As pequenas grandes diferenças entre brasileiros e portugueses


Nós, brasileiros, gostamos de outras culturas, de viajar, de explorar. Em qualquer lugar do mundo haverá um brasileiro curioso e de peito aberto.

Não estamos acostumados com muitos estrangeiros na nossa terra, e justamente por isso, adoramos todos eles. Quanto mais diferente, mais bacana. 
Brasileiros sabem lidar com a crise. Nascemos nela, a gente se vira nos 30. Sabemos o que é ver o dinheiro sumir da conta no banco, ver o preço das coisas subindo e descendo de minuto em minuto. Acho que é por isso que somos naturalmente criativos.
Brasileiros são solícitos, empenhados, trabalhadores. Não é lenda.
Brasileiros também têm seus defeitos, e não são poucos. Corrupção, oportunismo, e até violência gratuita. Afinal somos vários países num só. Tudo muito grande, muita gente, muitas crenças.
Portugal é pequeno, aconchegante. Estaria mentindo se dissesse que não fomos bem recebidos.
Mesmo ouvindo os desaforos do garçon, os mimimi´s dos taxistas, as pessoas falando em cima sem deixar espaço para falar, o bar me mandando embora às oito da noite em horário de verão em plena crise. É um bom país.
Há história por todo lado, céu incrivelmente azul praticamente todos os dias, e o que considero mais importante: segurança. É este o fator que distancia a qualidade de vida entre Brasil e Europa (e mais 80% do mundo).
Lugar que tem segurança tem gente na rua. Lugar com gente na rua, é rua cheia de lojas, cheia de coisas bacanas, praças, feiras, conversas, sorvetes, pôr do sol. Vou sentir saudade.
Vou levar o que puder. As lembranças, as fotos, e o mais importante, os amigos. Poucos, mas muito bons amigos.
 Já estou no clima de despedida. E não vai ser nada fácil.
(isso tudo para entrar no clima do próximo post-desabafo :)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Meus últimos dias de sabático

Já vai fazer um ano. Dizer que passou rápido é meio clichê, passou rápido, mas eu curti.
Últimos dias de uma vida e há alguns dias de uma nova, de novo.
São os últimos dias também para quem quiser comprar minhas coisas que estou praticamente doando.
Está tudo lá em
www.blogfamiliavendetudo.blogspot.com

domingo, 6 de maio de 2012

Água viva na garrafa

Vi essa ideia no Pinterest (difícil essa coisa de dar créditos, eu não sei mesmo onde).
Achei muito bacana. Com um pequeno pedaço de saco plástico transparente, faz-se uma bolha pequena de ar, fecha com uma fitinha do próprio plástico e o que sobra faz-se tiras na vertical, como tirinhas de tentáculos.
Colaca-se numa garrafa com água (um pouquinho de tinta azul para dar esse efeito) e pronto.
A água viva sobe e desce lindamente ao movimentar a garrafa.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dia das mães

Por aí

Sumi. Fui viajar. Esqueci de postar. Lembrei de outras coisas. Muitas coisas. Pendências. Fazer malas. Desfazer malas. Fazer malas de novo. Não há mais rotina. Também não há mais cama, sofá, mesa. Já está quase na hora de partir. Tá aqui meus últimos dias. Amterdam, Londres, Barcelona. Fantástico.



sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hoje

Hoje encaramos a chuva, e vencemos.
Hoje sentimos "cheiro do Brasil" na comida (mais especificamente a casa da vovó).
Hoje praticamos o desapego.
Hoje tomamos sorvete de "fruti-fruti"
Hoje fizemos malas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Ben 10 e eu

Produção e foto: meu filho

Meu filho sempre preferiu ouvir uma história a jogar bola, brincar de carrinhos a subir em árvores, vídeo game a... qualquer outra coisa.
Mesmo pequenino, já era mais intectual do que as outras crianças.
A primeira professora logo comentou que a fala dele era muito boa, inclusive o português sempre corrreto. Era concentrado nas brincadeiras, inteligente mesmo.
Até que esses dias voltamos ao tal médico Waldorf. E sempre há uma coisa nova a aprender.
Logo ele também percebeu a característica, nem precisou de muito. Meu filho começou a contar de-ta-lha-da-men-te os poderes de um tal alienígena do Ben 10.
E então o médico fez uma cara assim, digamos, diferente, quando disse que meu filho era bastante intelectual.
Meu marido abriu um sorrisinho de orgulho.
Eu, sabia que um médico Waldorf não devia ter gostado nada de ouvir coisas do Ben 10, um desenho violento e desaconselhável para qualquer idade, principalmente para uma criança de apenas 3 anos (mesmo sendo na semana de completaria 4).
Então eu perguntei: isso é bom ou ruim?
- É ruim, claro.
(tipo, oi??)
Ele explicou que nesta idade, criança tem que brincar, correr, subir em árvore. Que era por isso que ele não estava comendo direito, porque não gastava energia, que a tv alimenta também.
E de repente, era tudo tão óbvio, senti aquela culpa enorme.
É natural que toda mãe tenha alguma culpa, sempre. Mas a gente vai aprendendo a lidar com ela, e ao invés de culpa vamos transformando em aprendizado. Eu vou me perdoando para não carregar o peso de tudo, afinal, criar uma criança sem escola, em um apartamento, numa cidade que não tenho família e pouquíssimos amigos, no frio, tendo que trabalhar, cuidar da casa, cozinhar e tudo mais que somos nós mulheres? Mesmo me dedicando, não é nada fácil.
Mas sempre (ou quase sempre) há tempo para reverter. Nesse caso, estou muito confiante que é possível.
Foi muito bom ouvir isso, porque o "relacionamento" com o Ben 10 já era preocupante para mim há algum tempo. Já estava uma coisa meio viciada, doentio. Só sabia falar nisso. Vivia num mundo paralelo, vivia a "realidade" da tv, enxergava com os olhos dela, então eu já sabia que o caminho não estava nada bom.
Pedia o brinquedo do Ben 10, o ovo de Páscoa do Ben 10, e queria ir ao supermercado toda hora só para olhar os brinquedos do Ben 10. Eu que não sou de ferro, quase sempre comprava para vê-lo todo feliz. E a coleção só crescia.
Ele acordava e já ligava o Cartoon, assistia o desenho em inglês sem entender nada! (acho que no fundo, esse ponto eu gostava).
Tomei a atitude.
Voltei da consulta e não liguei mais a TV. Nem uma vezinha, só pra ver como ia ser. E já faz 3 dias!
E o mais surpreendente: ele não pediu.
Simplesmente não fez a menor diferença, mesmo sendo algo que já estava incorporado na rotina.
Eu achava que iria ser "o" sofrimento, e foi o contrário. Ele ficou mais calmo, ouve mais música, faz menos birra, incrível.
E aí, o que eu achava que era 90% responsabilidade minha (os outros 10% era meu filho que gostava mesmo da tv) se transformou em 100%. "Filho, tô ocupada, liga aí a tv". A coisa estava tão avançada que quando eu ia pro computador ele já sabia que podia pedir o Ipad.
Não sei, a gente acha que a tv substitui a gente. Quanta ingenuidade.
Estamos todos mais felizes, com certeza o dia-a-dia dele tem mais qualidade.
O segundo passo é parar de incentivar essa palhaçada dessas armadilhas comerciais (sim, publicitários também são gente e caem nas mesmas armadilhas que todo mundo), deixar a culpa pra lá e ser feliz! Ah, e ouvir mais a minha mãe, que seeeeempre me falou que a tv (mal utilizada) é atraso de vida.

domingo, 15 de abril de 2012

O prazo está acabando!

Se quer ganhar, tem que participar!
E tem que correr! A Trapos e Monstros está recebendo desenhos de crianças até dia 20 de abril, e anunciará o desenho que vai ganhar o boneco dia 23.
Lembrando que vale para o Brasil e países da UE.

sábado, 14 de abril de 2012

Aniversário (simples) em casa

Chegou o aniversário do meu filho, e eu queria que fosse um dia especial.
Um verdadeiro desafio, já que não haveria avós, tios, primos, crianças, buffet, animadora, piscina de bolinha, 50 presentes, nada disso.
Eu disse a ele que haveria uma festa. Um casal de amigos com uma filha da idade do meu filho viriam, pessoas fantásticas. Então estava resolvido, haveria uma festa.
Eu não poderia exagerar na comida, nem na decoração. Tudo muito simples. Mas tinha que ter cara de festa.
Para que o dia fosse memorável, tentei usar o tema que ele mais gosta, Ben 10. De forma muuuito cuidadosa é claro, porque pra mim essas festas temáticas de personagens passam muito perto de ficar  um horror. Então minha intenção era só remeter ao tema. Recortei algumas cartolinas, tags, bandeirolas e pronto. A comida também fiz tudo aqui em casa mesmo, nada muito complexo. Fazer brigadeiros com uma criança faz a gente ser criança de novo...
E ficou assim!
E o dia foi fantástico, pessoas bacanas, comidinhas gostosas (e saudáveis!) e tenho certeza que foi especial e inesquecível para meu filho.





terça-feira, 10 de abril de 2012

Hipocrisia rotineira

Eu como carne. Pouquíssima, mas como. Não deixo de ir à restaurantes ou jantar na casa de amigos por causa da comida, que inevitavelmente, será algum tipo de carne. Aqui em casa, procuro comer uma ou duas vezes por semana no máximo. Uma diferença drástica para quem cresceu comendo carne em to-das as refeições.
Mas o que tem me incomodado, é gente falando por aí que é defensor de animal, ONG e tudo, mas está lá no terraço fazendo um churrasquinho.
Eu já penso sobre isso há algum tempo, mas faltava coragem pra dizer. Até porque, não é do meu feitio julgar as pessoas pelo que fazem ou deixam de fazer, cada um com sua vida.
Mas hoje acordei com vontade de dizer isso, porque parece que não há uma associação lógica entre "animais" e "animais de estimação". Sinto que há um vazio gigante que distingue os dois, e não consigo entender por quê. Não deveriam estar todos eles na categoria "animais"?
Acho que a carne no supermercado hoje em dia é tão "industrializada", vem tão bem empacotadinha, que nem se percebe que é um animal. É um produto, um alimento, como outro qualquer. Simplesmente se esquece, ou se quer fazer esquecer que é um animal. Pode ser que sim, não posso discordar.
Uma vaca, por mais "politicamente correta" que seja a sua morte, nasceu e cresceu para ser comida.
Eu não como (muita) carne, não só porque "tenho dózinha" dos bichinhos. Mas também porque trazem um prejuízo enorme para o planeta. Ao invés de plantações, estão os pastos que contaminam o solo, a água e o ar. Tudo de uma vez só.
E a minha ânsia é saber se não ligam por falta de informação (o que me surpreenderia muito com o acesso que temos hoje, levando em conta ainda que aquele documentário "A carne é fraca" deve ter quase uns 10 anos, fora outros antes e depois dele) ou se é mesmo muito pouco caso.
Ah, mas pros animais domésticos sobra disposição lá no Facebook. Então só posso pensar que: ou é ignorância ou é hipocrisia.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Praticando o desapego. Vendo tudo tudo tudo


Em plena Páscoa, eu aqui pensando em como vou fazer para vender tudo o que tenho.
Vou voltar para o Brasil antes do esperado, em maio (para meu desespero). E não vou levar nada da minha casa.
São móveis, eletrodomésticos, utensílios, e até roupas.

Quem está em Portugal e se interessar, estou catalogando em outro blog, é só clicar na imagem.

Tudo a preço de banana, uma tristeza :(

Fora o apego emocional, que não tem preço que pague.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

That´s what i´m talking about!





Novidades! Desenho que vira boneco de verdade!


Andei sumida por um bom motivo.
Um dos meus projetos relacionados às crianças, que tanto falo que gostaria de fazer, se concretizou!
É a Trapos e Monstros. Um atelier que cria bonecos a partir dos desenhos das crianças. Uma das coisas que vi por aí na internet, mas agora para o Brasil e Portugal!
O acaso do acaso do acaso me levou a uma pessoa fantástica, a Catarina, que ajudou a fazer tudo isso sair do papel. Além de amiga agora também é parceira de trabalho! Estou muuuuito feliz.
Não deixem de ver, dar likes no Facebook, seguir o blog, e encomendarem para seus filhos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Batata carimbo

Vi essa ideia, nem me lembro mais aonde.
E que criança que não gosta de carimbo?



domingo, 1 de abril de 2012

Receitinha: hamburguer de berinjela



Eu costumo comprar um hamburguer de cereais muito bom, mas o preço era bem salgadinho.
Aí li os ingredientes e me senti roubada mesmo.
Resolvi fazer o meu, com o que tinha em casa, e ficou fantástico, modéstia a parte.

Vamos aos ingredientes:

1 berinjela grande
1 xic. rasa arroz integral cozido (aquela sobra do almoço mesmo)
1 cenoura pequena ralada
2 colheres de linhaça torrada (torre antes) ou gergelim
1 colher rasa de farinha integral (só para "dar a liga")
sal, azeite, alho, cebola, pimenta, whatever

Corte a berinjela em tiras e cozinhe em água com sal (pode ser com casca)
Deixe esfriar um pouco e misture com os outros ingredientes (menos a farinha)
Use o mixer para triturar grosseiramente
Junte a farinha
Use as mãos para fazer os hamburgueres (não muito grossos)
Unte a frigideira com um fio de azeite e coloca o bichinho lá.

Essa receita rende muuuito, cuidado.

sábado, 31 de março de 2012

Viajar com crianças: noções básicas


Não sou das mais experientes em viagens, aliás há blogs fantásticos com dicas específicas do destino, são tantos que não dá nem pra listar.
Mas como acabo de chegar de uma viagem à Porto e Guimarães, resolvi dar os meus palpites, que vão além do protetor solar, casacos e planejamento.

1. Ao invés de hotel, tente alugar um apartamento.
Não há nada melhor do que ter uma cozinha à disposição quando se tem uma criança.
Mesmo para 1, 2 dias há opções de flats ou apartamentos que saem o mesmo valor de um hotel.
Pra mim, a alimentação é a preocupação número 1. Ficar na rua, num lugar desconhecido, a procura de um restaurante que tenha uma comida decente para criança, é muito desgastante.
Não custa nada fazer uma marmitinha fresca e levar pra rua. Assim, podem decidir comer em qualquer tipo de restaurante que a comida da criança está garantida.

2. Procure viajar depois das refeições.
Criança de barriga cheia é tranquilidade para a mãe e para a criança que provavelmente vai tirar aquela soneca na viagem.
Claro que não se deve comer e entrar no avião imediatamente, principalmente crianças sensíveis.
Mas fazer a viagem na hora do almoço ou do jantar atrapalha tudo. Se der para evitar, evite.

3. Se viajar de trem, peça poltronas com mesa ou viradas para frente.
Vai por mim. Experiência própria.
Para garantir, compre antes pela internet e escolha bem os lugares.

4. Leve carrinho.
Vale o esforço. Mesmo que seu filho já seja um pouco grande e olhem feio pra você na rua.
Na rotina escola, carro, casa, shopping, talvez o carrinho já esteja escostado, mas numa viagem com certeza ele faz toda a diferença. Além do que você pode levar suas tralhas penduradas nele.

5. Evite sextas feiras.
Nem sempre dá para evitar, mas pode ser um stress desnecessário enfrentar um aeroporto lotado ou um trem tumultuado.

Se eu lembrar de mais coisas, vou colocando aqui!

terça-feira, 27 de março de 2012

Pedras pintadas

Escolhemos as mais redondinhas da praia.
É bom apresentar outros materiais em que é possível pintar que não seja o papel.
Eu fui desenhando para incentivar meu filho e acabei não deixando muitas pedras pra ele.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sr. Batata

Sempre que alguém do Brasil vem pra cá, peço pra minha mãe mandar alguma coisa (e se não peço ela manda mesmo assim rsrsr). Numa oportunidade ela mandou não 1, mas duas malas cheeeias de coisas.
Entre os brinquedos, um que eu mesma tinha pedido porque não coube na minha mala: o Sr. Batata.
Minha mãe mandou muito bem embrulhadinho todas as pecinhas do Sr. Batata dentro da embalagem. Desfiz as malas, e afinal, cadê a batata?? Ficou pra trás de novo.
Já que é uma batata, não foi tão difícil resolver. :)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mercadinho Casa Verdes Anos

Essa escola me agrada muito, então me sinto na obrigação de partilhar o convite do mercadinho que vai acontecer amanhã.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Invaidosa

Fazia muito tempo que eu não ia ao salão. Não sou das mais vaidosas, quem me conhece sabe que não faço a unha, não sou lá muito entendida de maquiagem nem tratamentos de beleza.
Mas eu me lembrava de uma promessa que fiz a minha mesma: quando for à um salão, vá em um bom! Não me lembro porque prometi isso, mas não é difícil imaginar. Experiência boa é que não foi.

Pois bem. Já não aguantava mais meu cabelo crescido, só preso, estava num daqueles momentos de "eu mereço" quando passei em frente ao salão do shopping, o mais bacana da região. Meu marido já foi entrando e falando pra moça que ia deixar pago para eu não escapar. Borá lá pro meu dia de princesa.

Já que é pra fazer, vamos fazer direito!

Pedi mexas, tipo californianas (tá bom, eu entendo alguma coisinha de beleza).
Me deram listras.
Minha cara não disfarçou. A moça: vamos alí, a gente ameniza....
-Não obrigada, eu vou me acostumar... (me esforçando num sorrizinho)
Eu não iria cometer o mesmo erro pela segunda vez.

Vamos ao corte.
-Quero tipo daquela moça ali (a moça com cabelos curtos, assimétricos, com a franja na sombrancelha).
Ela então pega minha franja, mede na boca e diz, está bom aqui né?
Me senti falando grego. Ela achou que era uma manutenção, e o que eu queria era um corte de verdade. Quando pedi para cortar mais pela terceira vez, ela que não disfarçou a cara, pegou uma máquina e começou a cortar meu cabelo comprido, na máquina. Aí achei melhor desistir.

Nem quero contar o final da história para não reviver aquele momento nada confortável, aliás, triste.

Depois de deixar todas as minhas economias com a caixa, fui direto ao mercado para comprar uma tinta de cabelo. Cheguei em casa chorando e meu filho coitadinho, tentou até me consolar.

Foi então que entendi o porquê de eu frequentar tão pouco os salões de beleza.

E que desta vez o tempo não me deixe esquecer.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Máscara de papel marchê





Os dias andavam chuvosos, e evitar a televisão, o vídeo game, o DVD é realmente uma missão difícil. É tentador não só para as crianças, mas pra gente também.
Foi quando o carteiro encheu nossa caixa de correios de tablóides. Resolvi fazer uma bola de papel marchê, ainda sem muita finalidade, só para ver como é. Não me lembro de fazer isso nunca, nem quando eu era criança.
Foi uma experiência ótima ver o jornal se transformar num objeto tão diferente.
Fiz uma misturinha de cola com água e fomos colando as tiras de papel molhadas num balão.
Também é bom pra a criança exercitar a paciência porque só secou no dia seguinte.
Estouramos o balão, e pronto. Tínhamos uma bola de papel.
Sem saber muito o que fazer com aquilo, cortei ao meio e fiz duas máscaras, mas com mais criatividade dá para fazer uma infinidade de coisas.
Recomendo!

O tal foguete


Chego no quarto, e o tal foguete de papelão foi transformado numa casinha esconderijo pelo meu filho. E não é que é multiuso mesmo?

terça-feira, 20 de março de 2012

Receita da semana: nhoque integral



Tudo que vai farinha aqui em casa, tem que ser integral. Fica mais gostoso, mais nutritivo, então eu não entendo porque as pessoas ainda não têm esse hábito.
Lembrando que integral não significa light.
Me aventurei a fazer um nhoque. Meu marido ficava falando que estava com saudade do nhoque do Brasil, que avô falecido sabia fazer, etc.etc.etc.
Lá fui eu pro balcão da cozinha.
E não é que deu certo?
Mas não achei uma receita realmente boa, então adaptei uma daqui, outra dali, e vamos lá:

Para a massa
4 batatas (de preferência orgânicas)
2 ovos
1 maço de espinafre (de preferência orgânico)
2 xic de farinha integral
1 dente de alho
sal

Para o molho (não é aconselhável estragar o nhoque com um molho pronto)
4 tomates
meia cebola
1 dente de alho
1 colher de chá de mel ou açúcar
sal
manjericão

Primeiro vá adiantando o molho.
Coloque os 4 tomates inteiros na água quente para cozinhar.
Escorra e tire a casca quando estiverem mais mornos para não se queimar.
Se quiser descasque antes, tive as sementes e coloque para cozinhar com um pouco de água.
Noutra panela, refogue alho picado e cebola. Coloque os tomates com a água do cozimento e acrescente o mel e sal, salsinha. Use o mixer para triturar grosseiramente. Antes de servir coloque folhinas de manjericão fresco.

A massa não tem muito segredo.
Cozinhe na água com sal as batatas descascadas com as folhas de espinafre e o alho (tudo junto mesmo)
Amasse as batatas cozidas com o alho e reserve.
Tire as folhas de espinafre, escorra (esprema) e pique bem.
Quando a batata estiver mais morna, coloque todos os ingredientes e misture.

Use farinha branca para fazer aquela bagunça no balcão da cozinha e ajudar a massa a não grudar em nada.
Faça bolinhas ou tiras para cortar pedaços e coloque direto na água fervendo. (Não junte tudo para colocar depois como eu fiz porque os nhoques grudaram!)

Rende para 4 pessoas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Unschooling

Peter trabalhando em seu documentário sobre "estudar em casa"

Eu achava que a prática de educar em casa era apenas para os pequenos, no que conhecemos por idade não escolar, que vai até os 6 anos. A partir daí as escolas tem de seguir algumas regras, para que se tenha uma certa uniformidade no aprendizado de acordo com a idade.
(Tudo bem que a gente que é mãe e trabalha acha que a idade escolar é aos 2 anos, porque você chega na escolinha e seu filho está sentadinho numa carteira aprendendo as letras, e nós não só achamos normal como "obrigatório").
Em Portugal e alguns outros países o ensino doméstico após essa idade é legal e há um movimento no Brasil também defende este direito. Pais e mães, por diversos motivos, preferem educar seus filhos em casa.
Mas o que eu quero falar mesmo, é sobre o chamado "unschooling" dos maiores.
Um rapazinho de 20 anos chamado Peter Kowalke saiu da faculdade e criou uma comunidade que acredita na formação sem escola, o Unscholler Experiment. Não é a primeira iniciativa, mas ele está empenhado na causa e já recebeu $100 mil do Paypal para financiar o projeto. Ele estuda em casa e mais do que estudos ele valoriza a experiência.
Enquanto os rapazes da sua idade estão na faculdade, ele está conhecendo outros países, outras pessoas, descobrindo problemas e soluções do mundo. E essa experiência "de vida" é valorizada sim no currículo, e para empresas mais arrojadas, é isso que conta: um profissional criativo, com vivência e também com conhecimentos técnicos que correu atrás sozinho.
Claro que isso não se aplica em todas as áreas, afinal quem iria num médico sem formação?
Mas achei interessante pensando na geração desse rapaz, que já nasceu com todas as ferramentas de informação na mão, e pensou no que parece óbvio, questionar o sistema.
Essa evolução também é muito positiva em termos de valores e confirma que o diploma da vida é tão importante quanto uma faculdade. Steve Jobs e muuuitos outros não o deixam mentir.

sábado, 17 de março de 2012

Como economizar com orgânicos


Uma dica simples que vi no Dr. Oz (dona de casa total) que faz algum sentido:

Não gaste dinheiro comprando alimentos orgânicos de casca grossa.
O alimento recebeu "banhos" de pesticida, e você inevitavelmente vai descascá-los para consumir.
Como: laranja, banana, abóbora, etc.
Já alimentos de casca fina ou folhas, prefira os orgânicos.

A dica é válida apesar de achar essa questão bem relativa. Além de pesticidas, tem a terra, o tratamento, a adubação, etc.
Mas é bom lembrar na hora das compras.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Waldorf para um mundo melhor (não é um slogan!)


Esses dias, conversando com uma amiga, contei que gostaria que meu filho frenquentasse uma escola Waldorf, que o pediatra é Waldorf, etc. Como ela nunca tinha ouvido falar, eu tentei explicar.
Mas confesso que não foi tão fácil, falei sobre materiais naturais, respeito à individualidade da criança, desenvolvimento das aptidões artísticas, etc. E ela me olhava com jeito de "conta mais", porque tudo estava numa âmbito muito subjetivo.
Então, para clarear o assunto, vamos lá:

Definição do site da Sociedade Antroposófica:

A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente em de uma escola para os filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido deles.
As escolas Waldorf sempre foram integradas da 1a à 8a (ou 9a) séries, e até a 12a quando possuem o ensino médio, de 4 anos. Não há repetições de ano, e nem atribuição de notas no sentido usual.

Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o seu embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano introduzida por Rudolf Steiner. Essa concepção leva em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade aproximada. (...)

Ela é uma pedagogia holística (...) é encarado do ponto de vista físico, anímico e espiritual (...) Assim, por exemplo, cultiva-se o querer (agir) através da atividade corpórea dos alunos em praticamente quase todas as aulas; o sentir é incentivado por meio de abordagem artística constante em todas as matérias, (...) o pensar vai sendo cultivado paulatinamente desde a imaginação dos contos, lendas e mitos no início da escolaridade, até o pensar abstrato rigorosamente científico no ensino médio.

O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. Assim, não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a série. Sobre a necessidade do brincar infantil no jardim-de-infancia (...)

As escolas Waldorf são totalmente livres do ponto de vista pedagógico, pertencendo em geral a uma associação beneficente sem fins lucrativos. (...) visando formar futuros adultos livres, com pensamento individual e criativo, com sensibilidade artística, social e para a natureza, bem como com energia para buscar livremente seus objetivos e cumprir os seus impulsos de realização em sua vida futura.
O amor que os professores Waldorf devem desenvolver pelos seus alunos, e o conhecimento profundo que eles adquirem de cada aluno são outras características fundamentais da pedagogia. (...) durante os 8 anos do ensino fundamental cada classe tem um único professor (...) No ensino médio há um professor que, durante os 4 anos, assume o papel de tutor da classe. O médico escolar tem nas escolas Waldorf um papel fundamental de apoio médico-pedagógico aos professores, e deve conhecer profundamente a pedagogia.

Continua um pouco subjetivo, por isso vou colocar também um texto interessante de ex-alunos Waldorf que contam na prática como foi a experiência.

Você sabe que é Waldorf quando...
  • Você ainda não entende por que o dia de São Michael não é feriado nacional;
  • Você teve que explicar nas suas férias do segundo ano por que estava procurando uma pena bem bonita... E contava que era para começar as aulas de caligrafia!
  • Você toca instrumentos e canta afinado;
  • Você já usou sapatilha e bata de euritmia;
  • Quando você entra na faculdade, ainda acha que a primeira aula é de época;
  • Você sabe que os restos do lápis apontado deixam todos os "fundos" mais bonitos;
  • Você falava o verso da manhã todas as manhãs;
  • Você agradecia os alimentos antes de comer;
  • Cordas e balanços pareciam muito mais atraentes do que brinquedos de plástico;
  • Você construía a sua própria louça de argila;
  • Suas bonecas eram de pano;
  • Quando suas calças rasgam, em vez de jogá-las fora, você as costura;
  • Todos na sua escola sabem quando você começa a namorar ou termina com algum, mesmo que nunca tenha falado com você;
  • Você sabe que não deve respirar perto da tinta azul enquanto a prepara para a aquarela;
  • Subir em árvores e, em alguns casos, em telhados, era a coisa mais normal do mundo;
  • Toda semana atá a 4a série havia um novo desenho na lousa que sua professora fazia;
  • Aniversário da escola era dia de festa;
  • Você conhece todas as histórias da Bíblia, mesmo sem ter pisado uma vez sequer na igreja;
  • Você não tem idéia do que é ser nerd, jogador de futebol ou líder de torcida;
  • Quando você se forma, podem colocá-lo para falar na frente da China que você não tem vergonha;
  • Quando você precisa fazer um trabalho, tem que ficar perfeito e, se possível, com uma capa em degradê;
  • Se as cores não combinam, você se incomoda;
  • Você fica ansioso pela chegada de São Nicolau e seus ajudantes bravinhos;
  • Você pula que nem louco na peça de Natal pra pegar biscoitos;
  • Desde pequeno, você aprende a conversar com as plantas, as pedras e os animais;
  • Metade dos seus amigos é vegetariano e também metade deles leva marmita para a escola;
  • TODOS os seus amigos/colegas moraram/têm amigos em/viajam para/conhecem o Bairro Demétria em Botucatu;
  • Parece natural ter 4 aulas duplas de artes por semana e não entende porque seus amigos de fora acham isso estranho;
  • Carrega um estojo de lápis de cor mesmo estando no último ano do colegial;
  • Fez 9°, 10°, 11° e 12° anos;
  • Alguém pergunta porque sua escola não tem 1°, 2° e 3° colegial e você, para simplificar, fala que é porque sua escola é alemã. Daí quando pedem para você falar alemão, você tem que contar que não sabe muito mais que eins, zwei, drei...;
  • Ao terminar a escola tudo o que você quer é sair do Brasil e ir fazer Camphill em algum lugar da Europa;
  • Só toma remédios da Weleda ou da Sirimim;
  • Sabe quem foi Parsifal;
  • Viaja com a escola para medir terrenos;
  • Acha que folhas pautadas atrapalham;
  • No primeiro ano, todos usam lancheira de couro com enxoval de lanche;
  • Fazer sua própria capa de flauta doce é a coisa mais normal do mundo;
  • Você fez seus pais assistirem suas apresentações do primeiro ao quarto ano com todas as cantorias agudas e flautas desafinadas;
  • Você era obrigado a tomar chá de camomila, erva doce e hortelã no jardim;
  • Você já escutou várias vezes sua mãe praguejando que tinha que fazer 3 bonecos de pano e um presépio para vender no bazar de final de ano;
  • Você sente falta dos últimos 15 min de aula de época, que tinha a historinha em capítulos que o P.C. contava;
  • Trabalhos manuais não são só coisa de menina;
  • Você já teve que passar turnos vendendo churrasco, suco e cachorro quente, pizza, caldo de cana... no dia de São João;
  • Você sabe o que é uma Festa da Lanterna;
  • Você estuda o Egito fazendo um papiro e depois escrevendo nele;
  • Várrios prrofessorres seus têm sotaques estrrangeirros, prrincipalllmente da Alemanha e da Suíça;
  • Você ainda lembra da vaca que lambeu o gelo e criou o homem na Mitologia Nórdica;
  • Você gostava de mexer com minhocas no jardim da infância;
  • Você parou de gostar de minhocas nas aulas de jardinagem;
  • Quando você colhia algum legume da plantação da aula de jardinagem, levava;
  • todo orgulhoso pra casa e fazia todo mundo experimentar na hora do jantar;
  • No aniversário, ganhava uma pedrinha preciosa que seu "amigo gnomo" escondia em algum lugar da classe;
  • No dia de São Nicolau, ficava cayando as benditas estrelinhas no pátio;
  • Chama seus "recreios" de "pausas";
  • Considera sua classe sua família, onde todos são primos.. menos o seu namorado, sua paquera...;
  • Você briga com sua classe, mas se alguém mexer com ela, chiiii...;
  • Se você acha estranho a cantina da escola vender refrigerante;
  • Acha que comer coisas integrais é a coisa mais normal do mundo e não entende quando as pessoas nunca comeram um pão integral com queijo branco e mel,
  • Acha estranho tomar refrigerante de manhã;
  • seu passatempo é fazer crochê ou tricô;
  • Você tem mais canetinhas, lápis coloridos e giz de cera do que a sua priminha de 3 anos;
  • Viajar toda a classe junta na viagem de formatura é a coisa mais óbvia do mundo, porque afinal vocês passaram 12 anos da vida juntos;
  • Waldorfs não usam canetinhas... Uam giz de cera de abelha... Muito melhor!!!
  • Ai, outra coisa... Qando a gente fala Waldorf, e uma pessoa "conhece" um pouquinho, ou só de nome, ela quer corrigir a gente: "Ah, você quer dizer UALDORF...";
  • Não, minha filha... Eu estudei, me formei, e não só eu como todos chamam-na de Waldorf (Valdorf );
  • Waldorf que é Waldorf SABE desenhar;
  • Marcenaria? É arte, meu bem;
  • Você adora aprender, estudar... Mas estudar para você não tem o mesmo significado que para o resto dos mortais;
  • Durante muitos anos você não sabe que existem canetas esferográficas;
  • Seus cadernos são coloridos e cheios de desenhos... Alguns trocam de cor a cada parágrafo, outros pela classe gramatical, outros quando acham bonito;
  • Você não fala palavrão... Pois num dia infeliz, alguém lavou sua boca com sabão..;
  • Você tinha uma coleção de selos..;
  • Você jogava queimada em todos os intervalos;
  • Seus amigos não sabem como você aprendeu a jogar tanta coisa diferente, handball, baseball, etc..;
  • Morria de medo de passar atrás do gol quando o 12° ano jogava..;
  • Saía na rua com lanterninhas acesas cantando musicas... Era bonito, mas eu odiava!
  • Você finalmente descobre que ser Waldorf é bom, quando os professores de outras escolas dizem que o ensino ideal é muito parecido com aquele que recebeu na sua escola Waldorf;
  • Quando, em outras escolas, suas redações são muito mais criativas;
  • Seus desenhos são muito melhores do que dos outros;
  • Você é Waldorf quando, ao invés de aprender a ler e escrever logo no pré, ou de cara no grau, aprende a respeitar a natureza e as pessoas, valorizar o espírto. Todo o resto é conseqüência..;
  • Usa caneta tinteiro!
  • Zoam de você quando ficam sabendo que os meninos também fazem tricô e trabalhos manuais;
  • Você come granola no jardim, aprende a escrever no segundo ano, e faz uma casinha no terceiro ano;
  • As suas roupas não são de marca até o quarto ano, no mínimo;
  • A gente só aprende sobre os invertebrados no sétimo ano, quando na escola tradicional eles aprendem na segunda série;
  • E NINGUÉM VÊ DIFERENÇA ENTRE ARTES APLICADAS E ARTES!
  • E o preto é a ausência de cor;
  • E só na nossa escola "TODOS VENCEM";
  • Se o seu trabalho é pior do que o dele, tudo bem, porque você aprendeu com o trabalho dele, e bla, bla, bla!
  • A pessoa fala um verso de manhã, no dia da semana em que ela nasceu;
  • As crianças gostam de brincar com pazinhas de madeira;
  • Fadas e gnomos eram seus amigos de infância;
  • Tricotar não é moda, você o fez desde o primeiro ano;
  • Você fez meias, casacos, bichos de pelúcia e suas próprias roupas;
  • Os manequins sem rosto não assustam, mas se parecem com seus desenhos de infância;
  • Você entende que deve aprender tudo em épocas porque certas coisas devem "dormir em nós para amadurecer";
  • Você pode soletrar com seus braços;
  • Você já gostou de todos os meninos ou meninas da sua classe;
  • Por alguma razão, ter o mesmo professor por oito anos parece normal;
  • Quando seu boletim de final de ano vem escrito pela P.C., e o do colegial é colorido;
  • Quando o boleto de pagamento vem em letras que não possuem cantos retos;
  • Quando você tem a semana da primavera ou da batata, e não do saco-cheio, (ou quando tenta falar igual os outros diz semana do saco cheio de batata!!!);
  • Quando você teve que fazer trabalho anual, e deixou tudo para a última hora;
  • Se os nossos pais recebem presentes no dia deles, e ficam felizes por terem recebido um cartão, ou um desenho, ou um porta-retrato que a gente desenhou com os malditos tijolinhos de cera;
  • Tem que ter paciência para assistir as nossas 1000 apresentações, sem contar as das festas semestrais.
GEA (Grupo de Ex-Alunos Wadorf)

Fico imaginando como seria se todo mundo fosse como eles, cidadãos conscientes, pessoas criativas e ligadas às coisas mais simples e importantes da vida.

Quando o filho fica doente II

Quando levei meu filho ao PS, ele tomou um banho frio e teve de tomar antibiótico, uma experiência bem chata, como eu relatei aqui. Quando o levei a um pediatra Waldorf, ele perguntou:
"Como foi seu parto?" Eu: "Que?" Imagina a minha cara com a pergunta.

Ele perguntou se meu filho nasceu com cordão umbilical no pescoço e quantas voltas tinham. Explicou que os cordões no pescoço prejudicam um pouco o desenvolvimento da região, que os ossos podem não ficar encaixados como deveriam, e por isso que meu filho tinha problemas recorrentes de ouvido.

Naquele momento tudo era muita piração pra mim, e por isso fui dar uma pesquisada sobre o médico (um dos poucos dessa linha em Portugal). O cara simplesmente tem um currículo fantástico, médico, pediatra, otorrino, homeopata e Waldorf, com formação em tudo quanto é lugar do mundo. Devia mesmo saber o que estava falando.
Esse tipo de medicina acaba exigindo muito mais estudo e conhecimento do que a medicina tradicional, porque vai além, então por mais louco que pareça, tem um embasamento extraordinário.

Dar antibiótico é fácil. Difícil é avaliar um contexto em profundidade.
Estou feliz por achar um médico por aqui, porque essa é sempre uma tarefa difícil.
E além de tudo, ele é brasileiro.

quarta-feira, 14 de março de 2012

KONY 2012 e nós

Clique na imagem para ver o vídeo
O vídeo já tem mais de 100 milhões de views, então já não é novidade.
É obrigatório. Quem não viu, tem que ver. Eu, tive todas as reações que o vídeo tem como objetivo:
não pisquei os olhos, me envolvi, chorei, comprei a ideia, me mobilizei. A vontade era de levantar da cadeira e sair por aí ajudando a divulgar a campanha do Kony, ajudando as pessoas, o mundo. Me senti com poder. Pensei que o idealizador além de ganhar um Nobel vai ganhar também um leão em Cannes.
Minha atitude imediata: postar no Facebook.
Poucos likes, alguns comentários. E vejo que as pessoas já começaram a criticar a ação.
Porque é tudo estratégia americana, são os "bonzinhos" da história, porque têm interesses políticos pela região, e as pessoas, ingenuamente e ignorantemente estão promovendo a campanha sem saber profundamente o que estão a fazer.
Eu sabia muito bem o que eu estava fazendo.
O rapaz é americano, ele tinha 2 opções: ignorar ou ajudar. Resolveu ajudar. Ele poderia, como muitas outras organizações, doar coisas, criar uma estrutura mais digna (aliás, que também o fez), mas foi além. Tentou resolver na raiz do problema e tentou, com as ferramentas que têm em mãos.
Iria pedir ajuda a quem afinal? A outro país? A própria África? Aos pais? A Europa? Ah sim, devia ter pedido à Grécia.
(Ironias a parte) Ele pediu às pessoas e ao Governo Americano. So what? Interesses políticos, sim, vão tomar posse do território? Não. E não foi essa a motivação. E eu, ingenuamente, acredito nisso.
Mais do que divulgar o Kony, fez com que as pessoas sentissem o "poder" nas mãos, o que é muito importante para qualquer povo de qualquer nação. Principalmente países corruptos que o povo precisa se mexer para mudar alguma coisa (se identificou?).
Que a discussão não tire o foco do problema, as crianças continuam sendo sequestradas por Kony.
O assunto é um pouco polêmico, e até que alguém me convença do contrário, eu acho toda a campanha muito boa e nobre.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Aprendendo a ler


Meu filho tem quase 4 anos. Já sabe bem as letras, os números, mas indo tão pouco à escola eu tenho que reforçar em casa. Minha mãe me deu essa dica, colocar as palavras coladas nas coisas. Assim ele não necessariamente lê as sílabas da palavra, mas se familizariza com ela. Eu escrevi, nós lemos juntos e ele foi colando pela casa. Agora, por onde se olha há uma etiqueta.
Daqui uns dias vou fazer a brincadeira em inglês também.

domingo, 11 de março de 2012

Nota 10 no lazer, e zero no cardápio

Essa semana andei um pouco sumida do blog por vários motivos. Todos eles muito bons!
Surgiu uma oportunidade e vamos dar uma esticada cá em Portugal. Não pretendemos ficar muito mais, mas seria bom pelo menos ficar para o verão, como recompensa por atravessar o inverno. Passar frio aqui, depois voltar para o Brasil e passar frio lá, ia ser bem chato.
Escrevi pouco porque tenho curtido bastante com o calor que tem feito.
Ainda tenho tentado organizar o tempo. A última tentativa foi com as dicas da Taís, quando criei "minha metodologia" de organização aqui.
Na primeira semana foi uma maravilha. Mas não foi fácil, ficava na correria para realizar as tarefas, senti uma certa pressão... eu sabia que se não limpasse as janelas por exemplo, iria adiar uma semana. A opção "empurrar com a barriga" eu não me permiti fazer senão ia virar uma bagunça.
Na semana seguinte, só por ter acontecimentos fora da rotina, pronto, estragou tudo. Ir ao médico, jantar fora, qualquer coisa fora do planejado, não foi muito fácil administrar.
Apesar disso, saber que é possível ter uma metodologia, já mudou a minha forma de lidar com as tarefas. Ainda estou no beabá da organização.
Então decidi por simplificar:
Um dia eu limpo, um dia eu arrumo. 20 min pela manhã e 20 min à tarde. Pronto. Simples assim. Sem olhar agendas, sem pressão. O que der, deu. O que não der, fica para dali 1 dia.
Cardápio e supermercado, impossível ser 1 vez por semana. Serão 2. Isso se eu conseguir fazer cardápio (foi mais difícil que prova da faculdade, e eu teria tirado 0)
Outra nova "regra" foi limitar o tempo do facebook, blog, pinterest, etc.
Por isso vou escrever bem rapidinho, e outro dia volto para contar como estou me saindo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Bolo integral


Se tem uma coisa que não falta aqui em casa é farinha integral. Faço aquele crepe rapidinho, uma torta com os talos do espinafre, e bolos.... hummm... amo os bolos. Dei sorte em olhar aquela receitinha que vem na embalagem da farinha, e fiz um bolo fantástico e o mais incrível, os ingredientes mais simples do mundo.
Não vai ovo, não vai leite, e acho que por isso pode se considerar um bolo VEGANO, além de muito light. Não espere um bobo do tipo "fofinho e macio", ele fica com a casca bem crocante e cremoso dentro. Lindo.
Já estava devendo a receita para minha irmã, e como soube que ela anda acompanhando o blog, anota aí Gi!
A receita é de maçã, mas a foto é de banana, porque eu não tinha maçã em casa. Já fiz com pêra também, ficou incrível.

2 xícaras de farinha integral
1 xícara de aveia (flocos grossos)
1 colher fermento
1 pitada de bicarbonato de sódio
1 colher de canela em pó
1 pitada de erva doce
1 xícara de água
1/2 xícara de mel ou melaço
1/2 xícara de açúcar marcavo
2 maças sem casca cortada em pedaços pequenos
1/2 xícara de uva passa

Não uso batedeira (até porque não tenho) e nem precisa para não triturar os pedaços de maçã. É uma delícia encontrar um pedaço grande na sua fatia. Só juntar tudo, untar uma forma e assar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Brincando com balões

Eu já não tinha muito o que inventar, e percebo que tem horas que a criança tem que liberar a criatividade e tem horas que precisa ser orientada por um adulto para se sentir segura.Criei um jogo com uma "lista de tarefas" que ele tinha que cumprir. O mais legal foi que coloquei cada tarefa dentro de um balão.
A brincadeira era: cantar uma musiquinha, correr em volta dos balões e sentar em cima de um.
Dentro, um bilhetinho com coisas do tipo:
- Coloque sua capa de super herói e dê 3 voltas voando pela casa
- Cante o abecedário
- Vamos ver quem fica mais tempo sem piscar

Mesclei coisas divertidas, com coisas educativas e aproveitei para colocar até algumas tarefinhas dométicas tipo:
- Guarde todos os brinquedos espalhados no quarto!
Funcionou também.